27.10.08

Folha de Papel


Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva a menor provocação.

Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.

Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva. Me entregou uma folha de papel lisa e me disse:

- Amasse-a!-

Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.

- Agora - voltou a dizer-me

- deixe-a como estava antes.

É óbvio que não pude deixá-la como antes.

Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.

Então, disse-me o professor:

- O coração das pessoas é como esse papel...

A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.

Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.

Quando sinto vontade de estourar lembro deste papel amassado.

A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.

Quando magoamos com nossas acções ou com nossas palavras,

logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais.

Alguém disse, certa vez:

"Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio".

Como uma folha.




Pense nisso!

3 cromos disseram:

Tá-se bem! disse...

É verdade! O meu coração já tem uma rugas... :(

Armindo Guimarães disse...

É a primeira vez que visito este blog e de certeza que não será a última, melhor dizendo, que virei aqui mais vezes.

Gostei dos conteúdos e da música envolvente que me deu a sensação daquela calmaria que convida a ficar.

Abraços

Hannah disse...

Tá-se, tadinho de ti...=((
Deixa lá, o meu também, será que botox resulta nestes casos? 8-}

Armindo, BEM-VINDO e um prazer receber te, toma assento e relaxa ;)